Em nossa peregrinação de Galungan, arrumamos um tempinho depois de visitar a vila de Penglipuran para colocar um pezinho no mar. Desta vez, porém, no Oceano Pacífico, numa região rica em vida marinha na costa nordeste de Bali. Foi uma pausa para um rápido mergulho em Amed, como ficou conhecida a região.
Como chegamos na hora do almoço, paramos para saborear o clima e a comida de um dos charmosos cafés da vila. No dia seguinte, fizemos um pouco de snorkel na praia de Tulamben. Foi uma parada boa, mas saímos com a impressão de que teremos de voltar e neste texto, eu vou explicar por que.
Primeira parada: almoço internacional
Não que a comida balinesa não seja boa, veja bem. Eu adoro as especiarias e a pimenta na medida certa do sambal, como eles chamam o vinagrete apimentado por aqui… Mas, depois de um certo tempo, qualquer um se cansa de tanto arroz. E, principalmente, de tanta fritura.
Futuramente vou publicar algo sobre a comida local e os diferentes tipos de culinária. Cada ilha da Indonésia tem uma tradição na cozinha. Hoje, porém, vamos falar do Rimba Café, onde paramos para o nosso almoço e saboreamos deliciosos pratos rápidos a um preço honesto.
Luca, nosso filho mais velho, está naquela deliciosa fase da vida em que não há prato grande o suficiente. Por isso, aprovou o tamanho do bom e velho hambúrguer bem servido.
Tarde de leitura na piscina
Às vezes, a gente se esforça para tentar fazer tudo caber na viagem. Todo passeio que se preze, porém, precisa ter espaço para o descanso contemplativo. Esse momento criativo aconteceu após o almoço. Lançamos nossas âncoras na piscina do hotel Bali Dive Trek.
Especialzada em cursos de mergulho técnico e de profundidade, a Bali Dive Trek mantém esse hotel como ponto de estadia para seus alunos. A piscina, por exemplo, tem uma área de grande profundidade. Ali, pessoas que nunca mergulharam com tanque de oxigênio podem fazer um teste com equipamentos e um instrutor. Os cursos teóricos e prático para iniciantes também acontecem na piscina.
Caio e eu, porém, não nos incomodamos com as pessoas mascaradas na água. Passamos a tarde toda preguiçosamente largados, cada um com seu livrinho, nas espriguiçadeiras à beira da piscina.
Um mergulho em Amed
Na manhã seguinte, seguimos para uma visita à praia. Mais precisamente, ao mar. Como está muito próxima do vulcão Agung, a região de Amed tem praias com areias e rochas negras. Se fosse só areia, tudo bem. A quantidade de pedras, porém, torna desconfortáve uma visita à praia. A intenção principal de quem aparece por lá, certamente, é fazer mergulho em Amed. Ou, no mínimo, snorkel.
A ilha de Bali é um paraíso para mergulhadores porque divide dois oceanos. A sudoeste, está o Índico; a nordeste, o Pacífico. A diferença de profundidade entre os dois oceanos cria uma série de correntes marítimas especiais. Elas remexem o fundo do mar, espalham alimento e atraem enorme riqueza em fauna marinha.
Toda a região de Amed está a Nordeste. Se não bastasse a riqueza em corais, ela conta ainda com os restos de dois naufrágios a poucos metros da costa.
Os dois naufrágios em Amed
Um deles é um suposto navio japonês, onde é possível fazer snorkel, a poucos metros da praia na Baia de Banyuning. Pouco se sabe sobre como esse navio foi parar lá, ou mesmo se ele é de fato uma embarcação japonesa. Nós, porém, não fomos até ele. Preferimos visitar os destroços do navio americano, na vila de Tulamben, 12 quilômetros a noroeste de Amed.
O USAT Liberty era de fato um navio de carga da marinha norte-americana. Foi torpedeado na costa de Bali em janeiro de 1942. Com 125 metros de cumprimento, é um playground para mergulhadores. Uma de suas extremidades está a apenas 2 metros de profundidade. Foi lá que escolhemos fazer o nosso snorkel do dia.
O passeio foi bacana, mas a verdade é que o Liberty é um lugar para mergulho com tanque de oxigênio. A praia, aliás, estava lotada de mergulhadores de todas as idades. Saímos com a impressão de que teremos de voltar um dia desses para um curso e uma aventura submarina.
Dicas práticas:
– As estrada da região são sinuosas e estreitas. Evite dirigir você mesmo. Contrate um transporte.
– A vila de Amed concentra os cafés e restaurantes mais bacanas.
– Recentemente, a vila tem atraído mochileiros e conta com albergues para hospedagem mais econômica.
– Além dos dois navios citados, a região conta com outros pontos de mergulho:
– Muro de corais, no lado leste da Baía de Jemeluk;
– Pirâmides e a Baía Fantasma, em Amed,– onde os corais foram destruídos nos anos 1980; e
– Jardim de Corais, na saída de Jemeluk, onde há estátuas balinesas submersas.
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2 respostas para “Pausa para um rápido mergulho em Amed”
[…] Bali. Por enquanto, limitamos nossos deslocamentos à própria ilha – com visitas a Penglipuran, Amed e ao Templo Agung Besakih –, ou a ilhas próximas, como no passeio a Nusa Lembongan. (Você pode […]
[…] – Pausa para um rápido mergulho em Amed […]